quarta-feira, abril 26

Erros de ortografia

O facto de "escrever" contigo há mais de onze anos, é mais do que suficiente para eu poder constatar que na nossa "escrita" já tivemos várias vírgulas, várias reticências, até já tivemos dois pontos e travessões nas ocasiões em que discutiamos... Mas jamais tivemos um ponto final.
Não faltaram pontos de exclamação (nos nossos momentos mais felizes, principalmente), e já pusemos vários pontos de interrogação quando quisemos começar um novo capítulo (da nossa vida).
Não me recordo de alguma vez termos escrito um prefácio, mas não creio que o tenhamos feito (ideia absurda... nunca iríamos imaginar que seria assim a nossa história). Mas eu não quero escrever um epílogo, muito menos sozinha. Não quero, NEM VOU.
Podemos não ter uma história e uma escrita perfeita, mas todas as pessoas dão erros ortográficos.
Só há um tipo de pontuação que eu não tolero. Nem gosto. Tão pouco lhe fico indiferente. Que é o ponto final.
Por enquanto, vou deixar neste capítulo umas reticências, mas cabe-te (agora) a ti escrever o resto da história.
Peço-te apenas que não dês erros ortográficos.

segunda-feira, abril 24

Gajo esperto

Sentei-me. Mais uma vez esqueci-me da toalha (que raio. Uma pessoa não vai todos os dias de toalha de praia para a escola, ou vai?!). Sei muito bem qual será o resultado deste "esquecimento", mas pouco me importa se a areia está húmida ou não. Nem sequer me descalço.
Hoje não me apetece. Estou numa de não fazer nada, deixar-me ir. Grãos de areia? Há muitos. E por mais que tentemos que eles não entrem nos nossos sapatos, o certo é que levamos sempre para casa um quilo e meio de areia da praia.
Hoje o Mar está zangado. Pergunto-me o que lhe terá acontecido..? Das duas uma: ou algo o aborrece, ou está apenas a ser solidário com o meu estado de espírito...
Sorri-lhe. Gajo esperto, o Mar. Lentamente, como quem não quer a coisa, vai apagando as pegadas na areia... Podes ser inteligente, mas eu sou mais. As minhas não apagas tu, que eu vim pelas rochas :) E para "limpares" as que deixei na tua praia, muito vais ter que andar, meu menino.

É um gajo transparente, este Mar. Não esconde o que sente. Ora tranquilo, ora bravo... Feliz, carinhoso (abraças o Sol como uma Mãe abraça uma criança, ao fim de um dia). Ou furioso (és impulsivo - levas tudo à frente, nessa tua ânsia de chegar mais longe). Decididamente és uma pessoa complicada. Sim, tu, ó dono dos horizontes!

Uma gota de água no nariz. Estupidez de tempo - não podia chover tudo de uma só vez? Ponho o carapuço na cabeça e corro o fecho-éclair do casaco. Levanto-me devagar, ao mesmo tempo que sacudo as calças, e enfio as mãos nos bolsos (está frio, bolas).
Aproximo-me de ti e marco uma pegada na areia. Corres para a apagar, mas não chegas ao meu pézinho x)
Mas como és teimoso, não vais desistir até apagares a minha marca da tua praia.

Atiro-te um beijo e vou-me embora. E ponho as minhas mãos no fogo em como agora tenho mais um quilo e meio (isso, e o rabo molhado e cheio de areia. Mas também, porque é que me esqueci de trazer toalha??!)

domingo, abril 23

Despertador personalizado.

" The telephone is singing, ringing it's too early
Don't pick it up...
We don't need to we got everything we need right here
And everything we need is enough! Just so easy...
When the whole world fits inside of your arms
Don't really need to pay attention to the alarm
Wake up slow, yeah wake up slow... "



Praia do Forte 2005 - Os Manos às 9h da manhã.

quinta-feira, abril 13

"Ser corajoso" - 13/04/2006 à 01:37h

Ser corajoso não é ter coragem em si
É corresponder a tudo o que esperam de ti
É ter medo de fracassar e mesmo assim correr o risco
Planear tudo ao pormenor e vibrar com o imprevisto

Ser corajoso é ser capaz de olhar sempre em frente
Esquecer o mundo e sonhar que tudo pode ser diferente
Acreditar que um pequeno gesto pode mudar a sociedade
É ter coragem para vencer e força de vontade

Ser corajoso é suportar as decisões que tomamos
Saber que delas depende a vida que levamos
É aceitar alguém com qualidades e defeitos
Com consciência de que hoje em dia ninguém é perfeito

Ser corajoso é ser-se marinheiro de barco preso ao cais
É ser-se um herói sem poderes sobrenaturais
Igual a todos mas sendo sempre especial
É ser-se único e aceitar-se como um ser normal

Ser corajoso é muito mais do que ser sonhador
É perder a guerra e ainda assim se mostrar lutador
É ir mais longe e mudar o caminho
Ficar sem nada e nunca se achar sozinho

Ser corajoso é admitir que fizemos algo de errado
É perdoar depois de se ter sido magoado
É querer dar mais do que o muito que nos dão
É sonhar menos com a cabeça e mais com o coração

Ser corajoso é entregar tudo o que há em nós
É gritar de alegria até se ficar sem voz
Acreditar que por muitas voltas que a vida dê
Para se ser feliz é preciso viver.



[ por Inês Correia, à 01:30h (e picos) de 13/04. ]

sexta-feira, abril 7

Laços Familiares, Amor-Primo.


Primos... para sempre.
(Pois, lá está. A família não se escolhe!)

hehe :) Beijinho grande, meninos.

Amor de Prima @




Nuno, Inês e João Vaz (Verão 2005)

Luzes que (nunca) se apagam. Enfim!

" O primeiro erro que cometi foi ter-me apaixonado por ti. Não sei ainda hoje explicar o que me aconteceu. É como se de repente tivesse saído de dentro de mim própria e assistisse ao desenrolar da paixão que crescia desmesuradamente, sem que nada pudesse fazer para o evitar. Talvez, sem saberes, tenhas tocado nos pontos cardeais da minha insegurança e deles se tivesse acendido uma luz que segui, cega e surda, como os insectos numa noite de verão à volta de uma lâmpada que alguém se esqueceu de apagar. Mas o amor é mesmo assim: absoluto, estúpido e tudo menos sensato. Ou talvez me tenha apaixonado apenas pela tua imagem e, quando te tornaste real aos meus olhos, te tenha adaptado a um ideal humanamente perfeito, à luz do meu desejo.
De qualquer forma, apaixonei-me por ti e esse foi o erro primordial, o primeiro de todos, provavelmente o único importante (tal como tu).
Mas é melhor que nunca mais se cruzem os nossos olhares, é melhor que a palavra adeus seja mesmo essa e não outra. Chegámos ao fim do caminho. A partir daqui todas as palavras serão inúteis.
Nunca saberei até que ponto ages com o coração ou apenas com a cabeça. Até que ponto te entregas ou apenas jogas. até que ponto sentes e ages, ou apenas observas. E é por nunca ter sabido quem és, que um dia te conseguirei esquecer. "
Não há coincidências.

quarta-feira, abril 5

HOMEnagens


Home.
Seria uma estupidez se neste blog não mencionasse (nem que fosse um bocadinho) aquele lugar a que eu chamo, com toda a certeza, de casa.
Home - onde cresci, aprendi, e me tornei no que sou hoje. Com qualidades e defeitos, mas Eu.
É sem sombra de dúvida um lugar que me vai marcar durante muiiito muiiito tempo :D

Graças a ele, hoje, posso seguramente afirmar que tenho um amigo em cada cidade deste nosso pequenino país... Era giro se um dia nos reencontrassemos todos.
Era bonito. Um abraço aqui, um abraço ali. Abraço toda a gente, abraço quem um dia vi!
Mas afinal de contas... é tão fácil saber sonhar! Meninos: é nosso o mundo inteiro, BASTA ACREDITAR.

Abraço de Família, da sempre vossa,
Inesinha O'neill.